Cada vez mais me surpreendo com a minha facilidade de adaptação. Após dez nos, voltei a ministrar aulas de artes para o ensino fundamental. Por ser uma pessoa que não gosta da mesmice, procuro planejar aulas que sejam diferenciadas, onde utilizo bastante da ferramenta do audiovisual como facilitador da transmissão de conteúdos. Entretanto, considero de suma importância nesse processo o contato e a comunicação com os alunos.  Apesar de ter permanecido por dez anos afastado da sala de aula, retorno com a mesma empolgação, mesmo ritmo (de entrar em contato com eles, brincar, de tentar ser amigo, de cobra-los na hora certa...), sobretudo, procuro desenvolver atividades onde estimule o processo criativo, bem com a compreensão do sentido de mundo. Costumo utilizar a música "Geni e o Zepelim", de Chico Buarque, a exemplo, como base para realizar atividades de desenhos, colagens, estampas, que tenham a ver com meu aspecto no mundo da moda. Não me considero um professor de artes tradicional na medida em que busco a versatilidade e a polivalência como características de minha atuação. Nesse sentido, procuro à cada bimestre e em cada nível, desenvolver com os alunos um aspecto distinto ligado à área das artes: teatro, dança, design, arquitetura, cinema, moda, onde procuro destacar a importância da cultura popular. A nova proposta pedagógica onde se procura trabalhar o aspecto da interdisciplinaridade, constitui num facilitador de integração da arte com as demais disciplinas como matemática, história, o português, enfim. Todo esse processo dinamiza as aulas tornando-as muito mais interessantes e estimulantes, principalmente para os alunos.

 

 

DE VOLTA AO TOPO